Planalto vê Alcolumbre isolado em 2022 após resistência a André Mendonça
Avaliação é de que o senador do DEM, que já não tem apoio da oposição no Amapá, pode perder votos de evangélicos e de bolsonaristas
atualizado
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Ministros do Palácio do Planalto avaliam que a resistência de Davi Alcolumbre (DEM-AP) à indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF) tem potencial para deixar o senador isolado nas eleições de 2022, quando o parlamentar pretende disputar reeleição ao Senado pelo Amapá.
O raciocínio é de que, com a resistência a Mendonça, Alcolumbre perderá votos tanto de evangélicos quanto de bolsonaristas. O isolamento se completaria pelo fato de não ter apoio do grupo do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e dos Capiberibe, adversários de Alcolumbre no estado.
Como o Metrópoles vem noticiando, o ex-presidente do Senado tem sido bastante pressionado por lideranças evangélicas a marcar logo a sabatina de Mendonça na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da qual Alcolumbre é presidente. Para isso, ameaçam trabalhar contra o senador no pleito de 2022.
O parlamentar, no entanto, segue firme no discurso de que não tem previsão para marcar a sabatina. Como a coluna noticiou, após outros senadores acionarem o STF para obrigar Alcolumbre a pautar o tema na CCJ, ele diz que o caso está “sub judice” e, por isso, não depende mais apenas de uma decisão exclusiva sua.