Planalto vai para o embate com o Centrão sobre a Funasa
Ministros do Planalto dizem que, apesar da pressão do Centrão, governo não recuará da decisão de extinguir a Funasa
atualizado
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Apesar da pressão de deputados e senadores do Centrão, ministros do Palácio do Planalto dizem que o governo não recuará da decisão de extinguir a Funasa (Fundação Nacional de Saúde).
Ministros como Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) dizem que o governo se manterá firme na decisão e, se necessário, irá para o embate com o Centrão no Congresso.
A disputa se dará durante a votação da medida provisória (MP) editada pelo presidente Lula no início de janeiro para mudar a estrutura organizacional do novo governo, com novos ministérios.
Na Câmara, a MP dever ser relatada pelo deputado Domingos Neto (PSD-CE). O partido de Neto comandava a Funasa no governo Bolsonaro e criticou a decisão do governo Lula de extinguir a fundação.
No Senado, parlamentares alegam ter havido um acordo com o Planalto de manter a Funasa em troca de votos para reeleger Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como presidente da Casa. O governo, porém, nega esse acordo.
Ministros palacianos ressaltam que a decisão de extinguir a Funasa foi tomada ainda durante o período de transição e teve aval de integrantes tanto do grupo temático da Saúde quanto do de Cidades.