Planalto procura Lira após Lula preterir aliado do deputado para o TST
Palácio do Planalto e aliados de Lula procuraram Arthur Lira após nome apoiado pelo presidente da Câmara ser preterido para vaga no TST
atualizado
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Integrantes do Palácio do Planalto procuraram o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), após Lula preterir um candidato apoiado pelo deputado para uma vaga no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Na terça-feira (30/4), Lula decidiu nomear o advogado mineiro Antonio Fabrício de Matos Gonçalves como ministro do TST. Com a decisão, o petista preteriu o alagoano Adriano Avelino, nome apoiado por Lira para a vaga.
Antes mesmo de Lula tornar pública sua decisão, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, procurou o presidente da Câmara para informar que outro candidato seria escolhido para a Corte trabalhista.
Na conversa, Rui explicou que Lula não tinha como nomear Avelino em razão do histórico de apoio do advogado a Jair Bolsonaro e de ataques ao atual presidente da República e à ex-presidente Dilma Rousseff.
Aliados de Lula também procuraram Lira
Já o nome escolhido por Lula para a vaga no TST integra o Prerrogativas, grupo de advogados antilavajatistas e progressistas que apoia abertamente o atual governo.
Amigo pessoal de Lula, o coordenador do Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, fez questão de ligar para o presidente da Câmara na segunda-feira (29/4) para falar sobre a escolha do TST.
“Falei para ele que não foi uma campanha contra o candidato dele, mas a favor de um candidato que a gente acha que se encaixava melhor na vaga”, relatou Marco Aurélio à coluna.
O coordenador do Prerrogativas fez questão de ressaltar que, recentemente, fez questão de ajudar a diminuir as resistências no PT a um nome apoiado por Lira para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Lula contemplou Pacheco com escolha para TST
Além do Prerrogativas, o advogado escolhido por Lula para o TST tinha o apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ambos se conhecem de Minas Gerais.
O advogado escolhido integrava lista tríplice escolhida pelo próprio TST e enviada para Lula escolher um nome. Além de Antonio Gonçalves e Adriano Avelino, a lista tinha ainda a advogada sergipana Rosilene Morais.