Planalto já prevê dor de cabeça com saída de ministra do União Brasil
Saída da ministra do Turismo, Daniela do Waguinho, do União Brasil pode abrir uma crise do Palácio do Planalto com parlamentares do partido
atualizado
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Integrantes da articulação política do Palácio do Planalto já preveem uma potencial crise com o União Brasil, caso a Justiça Eleitoral autorize a atual ministra do Turismo, Daniela do Waguinho, a deixar o partido.
Parlamentar licenciada, Daniela e outros cinco deputados federais do Rio de Janeiro entraram com uma ação no TSE pedindo desfiliação do União Brasil por justa causa.
No processo, os deputados acusam o presidente nacional da legenda, o também deputado Luciano Bivar (PE), de usar “expedientes autoritários” para manter o comando do partido no Rio.
No Planalto, auxiliares de Lula preveem que, caso o TSE permita a desfiliação de Daniela, o governo enfrentará uma crise com o União Brasil. A sigla já deixou claro que não abrirá mão do Ministério do Turismo.
Embora tenha três ministérios no governo (Turismo, Comunicações e Integração Nacional), o União não aderiu integralmente à base aliada de Lula no Congresso. A sigla se declara como “independente”.
Republicanos
A possível saída de Daniela do União Brasil pode provocar uma indisposição do governo Lula também com o Republicanos, partido para o qual a ministra pretende migrar.
Ao mesmo tempo que o União quer manter o controle do Ministério do Turismo, lideranças do Republicanos pretendem lutar para que Daniela permaneça como ministra da pasta.
Atualmente, o Republicanos não tem ministério no governo Lula e também se declara como independente, embora alguns de seus parlamentares negociem cargos no segundo escalão de forma individual.
Apesar de já prever a crise, a ordem no Planalto por ora é não se meter no assunto e aguardar o desfecho do caso na Justiça Eleitoral.