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Planalto e PT avaliam que pressão de Lula sobre BC começa a surtir efeito

Para ministros do Planalto e lideranças do PT, primeiro efeito da pressão de Lula sobre o Banco Central teria sido a ata da reunião do Copom

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Hugo Barreto/Metrópoles
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva realiza discurso durante Cerimônia de Assinatura dos decretos que criam o Conselho de Participação Social e o Sistema de Participação Social Interministerial.
1 de 1 O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva realiza discurso durante Cerimônia de Assinatura dos decretos que criam o Conselho de Participação Social e o Sistema de Participação Social Interministerial. - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Ministros do Palácio do Planalto e dirigentes do PT avaliam que as críticas do presidente Lula ao Banco Central em razão da alta taxa de juros no Brasil já começaram a surtir efeito.

Para eles, um dos primeiros efeitos positivos teria sido a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve a Selic em 13,75% ao ano.

No documento, divulgado na terça-feira (6/2), o comitê do BC trouxe uma avaliação positiva sobre o pacote apresentado pela equipe econômica de Lula em 12 de janeiro.

O Copom afirmou que, embora só trabalhe em seus cenários com políticas já implementadas, a execução do pacote, que promete uma melhora fiscal de R$ 242,7 bilhões, poderia reduzir a pressão sobre a inflação.

Pressão

Para ministros do Planalto e integrantes da cúpula do PT, o texto da ata foi melhor que o comunicado, o que já teria sido fruto da pressão de Lula sobre o Banco Central.

O comunicado do BC foi divulgado em 1º de fevereiro, mesmo dia da reunião do Copom. Já a ata, embora reflita o debate da reunião, foi divulgada cinco dias depois. Nesse intervalo, Lula fez ao menos três críticas ao BC.

“Amigável”

O contentamento com a mudança de tom do Banco Central foi exposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em entrevista a jornalistas, o ministro afirmou que a ata foi “mais amigável”.

Com esse diagnóstico, aliados dizem que Lula deve seguir pressionado o BC com críticas a alta taxa de juros. O próprio presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, já espera isso, como mostrou a coluna.

Ministros palacianos deixam claro, no entanto, não estar nos planos de Lula reverter a autonomia do Banco Central. O governo tem consciência que não teria votos suficientes para isso hoje no Congresso.

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