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Planalto demite número 3 da Abin, alvo de operação da PF

Casa Civil formalizou, na terça-feira (24/10), a exoneração de um diretor da Abin suspeito de integrar esquema de espionagem irregular

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foto colorida da fachada da Abin espionagem
1 de 1 foto colorida da fachada da Abin espionagem - Foto: <p>Hugo Barreto/Metrópoles<br /> @hugobarretophoto</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p>

O Palácio do Planalto exonerou, nesta terça-feira (24/10), o então número 3 da Abin, Paulo Maurício Fortunato. Ele é suspeito de integrar um esquema, investigado pela Polícia Federal, de espionagem ilegal de adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União desta terça e está assinada pelo ministro da Casa Civil de Lula, Rui Costa, a quem a Agência Brasileira de Inteligência é subordinada. A pasta ainda não nomeou o substituto do servidor no cargo.

Fortunato já estava afastado do posto de secretário de Planejamento e Gestão da Abin desde a semana passada, por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes. O afastamento veio junto da operação da PF que investiga o esquema.

Na operação, a PF realizou buscas em endereços de Fortunato, onde encontrou 171,8 mil dólares. Na sexta-feira (20/10), o Planalto já havia demitido outros dois servidores efetivos da Abin presos pela PF e que já respondiam a processos administrativos.

Sem autorização

De acordo com as investigações da Polícia Federal, os servidores da Abin usavam de forma ilegal um sistema de geolocalização de celulares chamado First Mille, sem autorização da Justiça. A tecnologia é desenvolvida por uma empresa israelense.

Os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

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