Planalto acredita que pode reverter uma assinatura da CPI do MEC
Oposição diz já ter conseguido as 27 assinaturas mínimas necessárias para iniciar os trâmites de instalação da comissão no Senado
atualizado
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O Palácio do Planalto acredita ser possível convencer ao menos um senador a retirar sua assinatura em apoio à criação de uma CPI no Senado para investigar o escândalo de corrupção no MEC envolvendo pastores.
Trata-se do senador Giordano (MDB-SP), justamente o responsável por dar a última assinatura que faltava para a oposição completar os 27 apoiamentos mínimos exigidos para o início dos trâmites para instalação da CPI.
Como mostrou a coluna, o apoio do senador paulista à criação do colegiado surpreendeu o Planalto e até o próprio partido dele, o MDB. Até então, o governo considerava Giordano como integrante da base aliada no Senado.
Nos bastidores, ministros palacianos dizem que o emedebista teria apoiado a CPI para pressionar o governo a liberar algum cargo. O senador só assinou a lista da comissão nessa semana, após a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro.
“Opinião independente”
À coluna, Giordano alegou que a prisão não influenciou em sua decisão de apoiar a CPI. “Minha opinião é independente da operação. Se ele não tivesse sido preso, eu também assinaria o requerimento”, alegou.
O parlamentar paulista afirmou ainda não estar aberto, por ora, para conversar com integrantes do governo sobre a retirada de sua assinatura, a menos que alguém “me convença” de que a CPI não é mais necessária.