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PL procura nomes para agradar Bolsonaro nas disputas estaduais em 2022

Partido, que tende a desfazer alianças previamente combinadas, terá tarefa de encontrar candidatos para disputas majoritárias

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O PL já sabe que terá uma complicada tarefa nas eleições de 2022 por causa da possível filiação de Jair Bolsonaro. Como parte das negociações para convencer o presidente a entrar na sigla, o partido terá de lançar uma série de candidaturas aos governos estaduais. Tudo para não ter que dividir palanques com a oposição.

O tema foi tratado na reunião da legenda na última quarta-feira (17/11), em Brasília. Apesar de o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmar que tratará “estado por estado” individualmente, dirigentes estaduais presentes no encontro admitem que acordos outrora firmados poderão ser desfeitos.

Mais do que isso, sem a possibilidade de reafirmar antigas alianças, o jeito será o partido tentar viabilizar candidatos que agradem ao presidente da República. Sejam ministros do governo federal, sejam outros nomes já filiados ao PL ou que se filiarão ao partido e que possuem perfil mais semelhante ao de Bolsonaro.

É o caso, por exemplo, de Sergipe. No estado, ficou pré-acordado que o ex-prefeito da cidade de Itabaiana, Valmir de Francisquinho, será lançado candidato ao governo estadual. A decisão não agrada parte da bancada sergipana do PL, que preferia ter liberdade para fechar seus próprios acordos, incluindo com a oposição.

Sergipe foi um dos estados mais delicados de serem debatidos na reunião de quarta-feira. Dirigentes do partido na região afirmaram à coluna, sob reserva, que a situação é semelhante em Pernambuco, onde parte dos mandatários da legenda gostaria de apoiar Raquel Lyra (PSDB) ao governo do estado no próximo ano.

Outros estados, como São Paulo, ainda serão debatidos. Mas é grande a possibilidade de a sigla ter um candidato próprio ao governo. As opções são o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, nome preferido de Bolsonaro para disputa, ou até o atual vice-governador, Rodrigo Garcia, que teria que trocar o PSDB pelo PL.

Já na bancada do Rio Grande do Sul, a filiação  de Bolsonaro ao PL é a certeza de que o partido terá o nome de Onyx Lorenzoni (DEM) para concorrer ao governo gaúcho. A legenda acredita que o atual ministro do Trabalho e Previdência será um dos nomes fortes na disputa pelo Palácio Piratini, sede do governo local.

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