Pfizer também recebe por meio de offshore, mas há diferença da Covaxin
Desde quando assinou o contrato com a Pfizer, o Ministério da Saúde já fez nove transferências para a offshore, totalizando R$ 2,8 bilhões
atualizado
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O laboratório americano Pfizer também optou por receber o pagamento pela venda das vacinas contra a Covid-19 ao governo brasileiro por meio de uma de suas offshores: a “Pfizer Export B.V.”, localizada na Holanda.
Trata-se de expediente parecido ao exigido pela Bharat Biotech, que elencou sua offshore Madison Biotech, em Singapura, como intermediária para receber o montante pela venda da Covaxin ao Brasil.
Há, porém, uma diferença. Embora tenha negociado diretamente com a Pfizer, o Ministério da Saúde assinou o contrato de compra direto com offshore, já com previsão de pagamento por meio da subsidiária.
No caso da Covaxin, a compra foi assinada pelo governo brasileiro com a Precisa Medicamento, sem qualquer menção explícita ao fato de que o dinheiro deveria ser transferido para a Madison Biotech.
De março, quando assinou o contrato com a Pfizer, até agora, o Ministério da Saúde já fez ao menos nove transferências para a Pfizer Export B.V para pagar pelas vacinas, totalizando R$ 2,8 bilhões.
Tanto Singapura quanto os Países Baixos, onde Holanda está localizada, são considerados pela Receita Federal brasileira países de “regime fiscal privilegiado”, popularmente chamados de “paraísos fiscais”.
Outro lado
Procurada, a Pfizer limitou-se a confirmar que o contrato com o governo brasileiro “é celebrado com uma das entidades legais da companhia na Europa, que também é responsável pelo recebimento dos pagamentos”.