O depoimento de Jair Bolsonaro à Polícia Federal no inquérito que apura a suposta interferência política do presidente na corporação ocorreu dentro do Palácio do Planalto, nessa quarta-feira (4/11).

Embora o ex-juiz Sergio Moro seja parte do processo, seus advogados não puderam acompanhar a oitiva. A determinação partiu do ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo fontes do gabinete de Moraes, a presença da defesa do ex-ministro de Bolsonaro no depoimento só seria obrigatória se o inquérito já tivesse evoluído para uma ação penal.

Mesmo assim, Moro reclamou. Em nota, o ex-juiz da Lava Jato considerou “impróprio” o atual chefe do Planalto ser ouvido pela PF no inquérito sem a presença de seus advogados. 

O depoimento foi tomado pelo delegado Leopoldo Soares Lacerda, atual chefe do serviço de inquéritos na Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF.

Bolsonaro estava acompanhado apenas do advogado-geral da União, Bruno Bianco, e do advogado-geral adjunto da União, Bruno Luiz Dantas de Araújo Rosa. Não houve gravação audiovisual da oitiva.

O presidente prestou depoimento a oito dias do fim do prazo estabelecido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para que a PF o ouvisse no caso em data e local acertados com Bolsonaro.