Não foi só Jair Bolsonaro que acabou poupado. A Polícia Federal não apreendeu passaporte de nenhum dos alvos da operação que apura fraude em certificados de vacinação contra a Covid-19, na semana passada.

Apesar de o ministro do STF Alexandre de Moraes ter ordenado a apreensão dos documentos, delegados que estão à frente do caso alegam que, na investigação específica, não haveria necessidade de recolher os passaportes.

Investigadores também argumentam que as ordens de apreensão dos documentos só constavam nos mandados de busca porque as decisões foram expedidas por Moraes em um “modelo padrão”.

Os alvos

Nomeada “Verine”, a operação da PF foi deflagrada na última quarta-feira (3/5) e mirou não só Bolsonaro como vários auxiliares, ex-assessores e aliados do ex-presidente.

Ao todo, foram 16 mandados de busca e apreensão — entre eles, um na residência de Bolsonaro em Brasília —ve outros seis mandados de prisão preventiva.

Alvos de mandados de prisão:
– Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
– Max Guilherme, assessor de Bolsonaro;
– Sérgio Cordeiro, assessor de Bolsonaro;
– Ailton Gonçalves Barros, amigo de Bolsonaro;
– Luís Marcos Reis, sargento do Exército e integrante da equipe de Cid;
– João Carlos Brecha, secretário municipal de governo de Duque de Caxias (RJ).

Alvos de mandados de busca e apreensão:

– Ailton Gonçalves Barros;
– Camila Paulino Alves Soares;
– Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva;
– Eduardo Crespo Alves;
– Farley Vinicius Alcântara;
– Gabriela Santiago Ribeiro Cid;
– Gutemberg Reis;
– Jair Bolsonaro;
– João Carlos de Sousa Brecha;
– Luis Marcos dos Reis;
– Marcello Siciliano;
– Marcelo Costa Câmara;
– Marcelo Fernandes de Holanda;
– Mauro Cesar Barbosa Cid;
– Max Guilherme Machado de Moura;
– Sergio Rocha Cordeiro.