À PF, Mauro Cid diz desconhecer suposto bracelete negociado nos EUA
Em depoimento à PF, Mauro Cid também foi questionado sobre relógios de luxo recebidos por ex-ministros de Jair Bolsonaro no Catar em 2019
atualizado
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Em depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (18/6), o tenente-coronel Mauro Cid disse desconchecer um bracelete que teria sido negociado de forma ilegal nos Estados Unidos por emissários de Jair Bolsonaro.
Durante cerca de duas horas de oitiva, os investigadores confrontaram o militar com o relato sobre o suposto bracelete feito por um vendedor da loja americana em que outras joias do ex-presidente foram vendidas ilegalmente.
Segundo o relato do vendedor, o pai de Cid, o general da reserva Mauro Lourena Cid, teria levado um bracelete para tentar vender junto com outras peças decorativas que Bolsonaro recebeu de presente de autoridades.
Confrontado com o relato, Cid disse aos policiais desconhecer a joia, até então desconhecida dos investigadores. Segundo fontes da PF, nenhum vídeo ou foto do suposto bracelete foi apresentado ao militar no depoimento.
A declaração de Mauro Cid à PF casa com os relatos que o militar já vinha fazendo a aliados nos bastidores desde que a notícia sobre a suposta nova joia veio à tona, na semana passada, conforme a coluna noticiou em 11 de junho.
Na manhã desta terça, antes do depoimento do ex-ajudante de ordens à PF, a coluna revelou em primeira mão que a nova joia investigada era um bracelete feminino.
Presentes de 2019
Ainda na oitiva desta terça, o tenente-coronel foi questionado pela PF sobre os relógios de luxo recebidos de presente por ex-ministros de Bolsonaro durante uma viagem oficial ao Catar em 2019.
De acordo com fontes da PF, Mauro Cid, que compareceu à oitiva com trajes civis, fez um relato de como os relógios foram dados pelas autoridades do país estrangeiros aos então ministros do governo.