Petistas comemoram depoimento de Mauro Cid à CPMI, apesar do silêncio
Parlamentares petistas dizem que quebra de sigilo contra Cid é mais importante do que depoimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
atualizado
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Parlamentares petistas comemoraram o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid à CPMI do 8 de Janeiro nesta terça-feira (11/7), apesar de o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro ter permanecido em silêncio.
A avaliação é de que a presença de Cid e as perguntas feitas a ele ajudam a “constranger” os bolsonaristas e a relembrar de forma mais evidente as tentativas de golpe para evitar a posse de Lula.
“O silêncio dele era previsível. Mas é um dia bom para a gente, pois coloca o tema na pauta da sociedade, constrange, relembra os fatos”, avaliou à coluna um deputado do PT que integra a CPMI.
Quebra de sigilo
Em conversas reservadas, governistas dizem que a expectativa maior é com a quebra do sigilo telemático de Cid, aprovado antes do depoimento, a pedido da relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
Para petistas, a menos que Cid decidisse confessar publicamente seu envolvimento nos atos golpistas de 8/1, pouco ele teria a acrescentar às investigações. O principal, dizem, deve vir das mensagens e ligações feitas pelo militar.
Caso encontrem novos fatos após a quebra de sigilo, governistas não descartam que Cid possa ser convocado para depor novamente. Da próxima vez, tendo de explicar as próprias mensagens e e-mails trocados.
Como noticiou a coluna, deputados e senadores governistas preferiam que o depoimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro tivesse acontecido mais para a metade dos trabalhos da comissão.