Pressionado por lideranças evangélicas do Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro topou usar uma pesquisa eleitoral como critério para escolher o candidato ao Senado na chapa do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), que concorrerá ao governo de São Paulo.

Como vem contando a coluna, após a desistência de José Luiz Datena, Bolsonaro avisou aliados que seu nome preferido para a vaga de senador era o do ex-ministro e astronauta Marcos Pontes (PL). Evangélicos, porém, querem que o candidato seja o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP).

Na quarta-feira (6/7), integrantes da bancada evangélica foram ao Palácio do Planalto tentar convencer Bolsonaro de que Feliciano tem mais chances de vitória. Na conversa, sugeriram ao presidente, então, que usasse uma pesquisa que o PSD fará na próxima semana para definir entre o deputado e o ex-ministro.

O levantamento foi encomendado pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que apoiará Tarcísio em São Paulo, mas tem firmado alianças com o PT de Lula em outros estados, como em Minas Gerais. As entrevistas para a pesquisa serão feitas na próxima semana, conforme apurou a coluna.

Como revelou a coluna, em conversas reservadas, Bolsonaro tem demonstrado uma preocupação na escolha do seu candidato ao Senado em São Paulo. O temor é de que um nome visto como “bolsonarista radical” não seja eleito. Para o presidente, Pontes seria “mais moderado” que Feliciano.