Cúpula do PDT baixa resolução para evitar debandada dos aliados de Cid
Direção nacional do PDT editou resolução criar barreiras para desfiliação de deputados e vereadores aliados de Cid Gomes, que deixará sigla
atualizado
Compartilhar notícia
Com a provável saída de Cid Gomes do partido, o diretório nacional do PDT baixou uma resolução para tentar dificultar a debandada de aliados do senador que possuem mandato de deputado ou de vereador.
Na sexta-feira (27/10), o presidente em exercício do PDT, André Figueiredo, assinou uma resolução criando regras para a concessão de cartas de anuência para desfiliação de pedetistas eleitos pelo voto proporcional.
O documento, ao qual a coluna teve acesso, estabelece que eventuais cartas de anuência para desfiliação sem perda de mandato só terão validade se passarem “obrigatoriamente pelo crivo” da executiva nacional do PDT.
Assim, diretórios municipais e estaduais que receberem pedidos de desfiliação de pedetistas com mandato proporcional terão de remeter o caso para as mãos de Figueiredo e do diretório nacional do PDT.
Divergência
Como mostrou a coluna, a divergência de Cid Gomes e de seu irmão Ciro Gomes sobre a aliança do PDT com o PT no Ceará provocou uma cisão entre os dois grupos.
A briga se intensificou após André Figueiredo, que preside a sigla interinamente enquanto Carlos Lupi é ministro da Previdência de Lula, determinou uma intervenção para tirar Cid do comando do PDT no Ceará.
Cid ainda conseguiu reverter a decisão de Figueiredo na Justiça e eleger um novo diretório estadual. Entretanto, na última sexta, mesmo dia da resolução do diretório, a executiva nacional retomou a intervenção.
Desde então, o senador vem prometendo deixar o PDT. Como foi eleito por meio de um pleito majoritário (quando o mais votado ganha), Cid pode se desfiliar a qualquer momento, sem o risco de perder o mandato.