PDT do Ceará votou em peso a favor da PEC e avisou irmão de Ciro antes
Apesar das críticas do presidenciável à bancada geral, quatro dos cinco deputados do PDT cearense votaram a favor da PEC dos Precatórios
atualizado
Compartilhar notícia
Apesar das críticas de Ciro Gomes à proposta, até mesmo os deputados do PDT do Ceará, reduto político do presidenciável, votaram em peso a favor da PEC dos Precatórios, na madrugada desta quinta-feira (4/11).
Dos cinco deputados federais cearenses filiados ao PDT, todos aliados de Ciro, quatro se posicionaram de forma favorável à matéria, contrariando a vontade do pré-candidato do partido ao Palácio do Planalto.
O voto mais simbólico a favor da PEC foi o do deputado federal Leônidas Cristino. Ele é considerado o parlamentar do PDT do Ceará mais próximo de Ciro.
Além de Leônidas, votaram pela aprovação da proposta André Figueiredo, Eduardo Bismarck e Robério Monteiro. Da bancada do PDT cearense, apenas Idilvan Alencar votou contra a PEC.
Pedetistas avisaram voto a irmão de Ciro
Sob reserva, esses deputados dizem não ter entendido a crítica de Ciro, que foi ao Twitter, depois da votação, anunciar que colocaria sua pré-candidatura ao Planalto “em suspenso” após a posição majoritária da bancada.
À coluna pedetistas cearenses contaram, inclusive, que avisaram previamente o senador Cid Gomes (PDT-CE), irmão de Ciro, que votariam a favor da PEC.
Os deputados se reuniram com Cid na tarde dessa quarta-feira (3/11), horas antes da votação. Segundo relatos, o irmão de Ciro não teria tentado convencer os parlamentares a votarem contra. Procurado, Cid não respondeu.
Eles dizem também que o próprio Ciro jamais procurou a bancada para pedir que votassem de uma forma específica em relação à PEC, que parcela o pagamento de precatórios da União.
“Votei com muita consciência e com o apoio dos sindicatos de professores”, disse à coluna o deputado André Figueiredo, justificando o voto que irritou Ciro Gomes.
Votação geral
Ao todo, 15 dos 24 deputados federais do PDT votaram a favor da PEC. Os votos foram essenciais para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conseguisse aprovar a matéria por 312 votos a 144.
Parte das alterações feitas no texto de última hora foram, inclusive, para atrair votos dos pedetistas. Uma delas alterou o percentual dos precatórios do extinto Fundef, fundo para educação que acabou substituído pelo Fundeb, que será pago em 2022.