Pazuello deve assumir cargo de natureza militar no Planalto
Segundo apurou a coluna, o mais provável é que ele seja indicado para um posto na Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE)
atualizado
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Alvo de um processo disciplinar no Exército por ter participado de ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro, em 22 de maio, o general Eduardo Pazuello deve ser nomeado, nos próximos dias, para um cargo de natureza militar no Palácio do Planalto.
Segundo apurou a coluna, o mais provável é que ele seja indicado como secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), pasta vinculada à Presidência da República. Outra opção seria a Secretaria de Planejamento Estratégico da SAE.
A ordem de nomear Pazuello partiu de Bolsonaro. A expectativa no Planalto é de que a nomeação seja publicada ainda nesta terça-feira (1º/6) no Diário Oficial da União, três dias antes do fim do prazo para que o comando do Exército decida se aplicará sanção ao general pelo ato de 22 de maio.
Se confirmada a nomeação para um posto na SAE, Pazuello continuará exercendo um cargo de natureza militar, como previsto no Decreto nº 10.374, assinado em 27 de maio de 2020 por Bolsonaro e pelo general Walter Braga Netto, então chefe da Casa Civil e atual ministro da Defesa.
“O desempenho de função na Assessoria Especial do Presidente da República, no Gabinete Pessoal do Presidente da República (GSI) e na Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República constitui, para o militar, atividade de natureza militar e serviço relevante”, diz o artigo 32º do decreto.
Se nomeado para o posto na SAE, Pazuello responderá diretamente ao almirante Flávio Rocha, atual chefe da secretaria. Para fins disciplinares, porém, ele ficará subordinado ao GSI, hoje comandado pelo general da reserva Augusto Heleno, segundo o Decreto nº 10.374.