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Paulo Guedes vê três recados principais da cúpula do G20

Ministro admitiu à coluna que há um “certo desconforto” de alguns países com o Brasil em relação ao meio ambiente

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Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
Paulo Guedes em coletiva de imprensa
1 de 1 Paulo Guedes em coletiva de imprensa - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

Enviado especial à Itália — O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou à coluna que a cúpula do G20, da qual participou ao lado do presidente Jair Bolsonaro em Roma, no último fim de semana, revelou três questões principais que o mundo enfrenta atualmente.

A primeira delas seria o acesso desigual a vacinas contra a Covid-19 entre os países. Segundo o ministro, os líderes mundiais fizeram uma “autocrítica” de que a coordenação de órgãos internacionais não foi efetiva e, por isso, é preciso aperfeiçoar a cooperação.

“O diagnóstico foi de que, enquanto não proteger todo mundo, o mundo está em perigo”, disse Guedes. Segundo ele, líderes concordaram que a solução passa por: 1) aumentar doação de vacinas entre países; 2) aumentar a exportação; 3) estimular produção local.

O ministro ressaltou que outros países “se surpreenderam” com o avanço da vacinação no Brasil. Guedes e Bolsonaro apresentaram números de que 94% da população adulta brasileira já está vacinada com a primeira dose e 54%, com a segunda dose.

Recuperação da economia

A segunda grande questão vista por Guedes no G20 seria a “recuperação desigual da economia”. O diagnóstico, diz o ministro, teria sido de que os países ricos estão se recuperando mais rápido do que os emergentes, que enfrentam problemas.

O chefe da equipe econômica afirma que, no geral, os países enfrentam duas questões principais: crise na área de energia, com aumento de preços dos combustíveis, e a “desorganização” das cadeias produtivas após as restrições impostas pela pandemia.

Em meio a tudo isso, diz Guedes, soma-se um receio de que o aumento de juros para combater a inflação que assola muitos países, como o Brasil, tenha efeito recessivo sobre as economias, o que especialistas costumam chamar de estagflação.

No caso do Brasil, o ministro diz ter defendido que “não houve desorganização” na economia brasileira, na comparação com outras nações. Guedes repetiu o discurso de que Brasil está começando a se recuperar da crise provocada pela doença.

Meio ambiente

A terceira questão colocada pelo ministro é a preocupação com as mudanças climáticas. Ele admitiu que outros países se mostram desconfortáveis com o Brasil nesse tema. “Ninguém fala abertamente, mas existe um certo desconforto”, reconheceu.

Guedes disse que o Brasil se preparou para tentar dar uma resposta ao mundo durante a COP26, Conferência da ONU para Mudanças Climáticas. O evento começou no domingo (31/10) em Glasgow, na Escócia. “Só vai ter investimento em quem preservar”, declarou.

O ministro avalia que a tendência mundial é aumentar a tributação para quem não preservar. “A conclusão final nesse tema foi a seguinte: não é mais uma questão de quando, se, é só uma questão de como. Todo mundo vai ter que esverdear”, afirmou.

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