Pastor do MEC já foi nomeado para cargo na liderança do MDB na Câmara
Segundo fontes do partido, nomeação acabou sendo revogada após religioso se recusar a bater ponto
atualizado
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Um dos pastores envolvidos no caso do “gabinete paralelo” do Ministério da Educação (MEC), Arilton Moura Correia já chegou a ser nomeado para um cargo comissionado na liderança do MDB na Câmara.
Em 20 de maio de 2020, o religioso foi nomeado para o cargo de assistente técnico de gabinete adjunto do então líder do partido na Casa. O salário bruto mensal seria de cerca de R$ 5,5 mil.
Pouco mais de um mês depois, porém, a nomeação foi revogada em 25 de junho de 2020. Segundo fontes ligadas ao MDB, Arilton não chegou a tomar posse no cargo de fato por ter se recusado a bater ponto.
Fontes do partido informaram ainda à coluna que o nome do pastor foi indicado para o cargo na liderança por deputados federais do MDB do Maranhão, estado onde o religioso tem atuação.
Procurado pela coluna na tarde desta quarta-feira (23/3), Arilton não respondeu. O pastor é da igreja Ministério Cristo para Todos, em Goiânia (GO), ligada à Assembleia de Deus.
O gabinete paralelo
Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, mesmo sem cargo oficial no MEC, Arilton e o pastor Gilmar Silva dos Santos, que preside a igreja, comandavam uma espécie de “gabinete paralelo” no ministério.
Segundo a reportagem, eles atuaram facilitando o acesso de outras pessoas ao ministro e até participando de reuniões fechadas onde são discutidas prioridades da pasta e até distribuição de recursos da área de Educação.