Partidos aliados de Lula vão ao TSE nesta 4ª contra violência política
Presidentes dos sete partidos que apoiam Lula querem entregar ao TSE representação pedindo ações contra escalada da violência política
atualizado
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Os presidentes dos sete partidos que compõe a aliança entorno da chapa Lula-Alckmin combinaram de ir ao TSE na quarta-feira (13/7) cobrar ações “enérgicas” contra a escalada de violência política nas últimas semanas.
A ação foi acertada na reunião do conselho político da campanha de Lula nesta segunda-feira (11/7), em São Paulo, quando foram discutidas medidas para conter casos como o assassinato de um petista em Foz do Iguaçu (PR).
À coluna, o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, disse que os partidos devem entregar ao TSE uma “representação” cobrando medidas para coibir as violentas ações de bolsonaristas na campanha.
“O que se discutiu foi uma representação ao TSE para que sejam tomadas medidas par coibir energicamente qualquer incitação de violência politica. Deve ser levada ao TSE pelos presidentes dos sete partidos que compõe a aliança com Lula”, disse Medeiros.
A informação também foi confirmada à coluna pela presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos. Segundo ela, a representação ainda está sendo elaborada.
Inicialmente, os dirigentes cogitaram ir ao tribunal na terça-feira (12/7). Eles acabaram, contudo, optando por ir à PGR na terça, quando vão pedir que a investigação sobre o crime em Foz do Iguaçu seja federalizada.
Estopim
O estopim para a ação da frente de apoio a Lula foi o assassinato, no sábado (9/7), do guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, por um policial penal bolsonarista.
Antes disso, uma bomba com fezes foi arremessada contra petistas num evento de Lula no Rio, na quinta-feira (7/7). Um drone também já havia soltado líquido fétido em militantes petistas durante um ato em Uberlândia (MG).
Apesar de Lula estar em Brasília nessa terça, não há previsão de o ex-presidente ir ao TSE com os presidentes dos sete partidos (PT, PSB, PCdoB, PSOL, Rede, Solidariedade e PV).
Outras ações
Na reunião desta segunda, foram discutidas ainda iniciativas com entidades civis para tentar coibir a violência no período eleitoral. A ideia é procurar órgãos como a OAB, a CNBB e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
Internamente, caciques petistas ouvidos pela coluna ainda falam de estudar ações diretas contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). A ideia é que ele responda por suposto incentivo aos ataques.
Uma das possibilidades discutidas internamente seria a formulação de uma notícia-crime contra o presidente. Essa ideia, entretanto, não foi debatida com os demais dirigentes partidários.
No encontro desta segunda, os partidos também combinaram de acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) para pedir que a investigação do crime em Foz do Iguaçu seja federalizada.