Parte do entorno de Lula vê espaço para recondução de Aras na PGR
Alguns ministros do governo e aliados de Lula defendem que o presidente abra diálogo para a possível recondução de Augusto Aras na PGR
atualizado
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Alguns ministros do governo e aliados de Lula no Congresso e no meio jurídico têm defendido junto ao presidente a recondução de Augusto Aras à chefia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A avaliação desses auxiliares e aliados de Lula é de que Aras fez um trabalho “importante” de “desinstrumentalizar” o Ministério Público Federal, o que seria reconhecido pelo próprio presidente da República.
Esses mesmos aliados do petista reconhecem, contudo, que Aras “errou comunicação”, ao deixar ser visto como um procurador-geral da República bastante alinhado ao bolsonarismo.
Sinalizações
Desde a posse de Lula, Aras tem emitido uma série de sinais de boa vontade com o governo petista, embora o atual chefe da PGR venha propagando nos bastidores que não quer ser reconduzido ao cargo.
O procurador também mantém relação próxima com ministros de Lula e parlamentares do PT e do Centrão aliados ao presidente, sobretudo aqueles que são da Bahia, estado natal de Aras.
Embora a recondução de Aras não seja descarta, aliados de Lula reconhecem que os favoritos para a PGR hoje são os subprocuradores Paulo Gonet Branco e Antônio Carlos Bigonha.
Aras assumiu o comando da PGR em setembro de 2019 por indicação de Jair Bolsonaro. Dois anos depois ele foi reconduzido pelo então presidente para um novo mandato que se encerra em setembro de 2023.