Parlamentares querem manter espaços depredados no Congresso
Parlamentares querem criar memorial das invasões no Congresso, mantendo alguns espaços depredados e criando uma sala para exibir objetos
atualizado
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Lideranças partidárias da Câmara dos Deputados e do Senado articulam, nos bastidores, a criação de memoriais no Congresso Nacional para relembrar as invasões golpistas do domingo (8/1).
A ideia seria manter como recordação alguns espaços que foram depredados e criar uma sala para expor objetos e materiais quebrados pelos terroristas que invadiram o prédio do Congresso.
No Senado, a sugestão do memorial já foi feita ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pelo líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Pacheco teria gostado da ideia.
Na Câmara, a proposta vem sendo defendida pelos líderes do PSB, Felipe Carreras (PSB-PE); do PT, Reginaldo Lopes (PT-MG), e do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE).
Segundo apurou a coluna, os três deputados estão consultando outros líderes e pretendem levar a proposta do “memorial do golpe” ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nos próximos dias.
Discussão no Planalto
No Palácio do Planalto, também há a discussão de manter parte da destruição para lembrar a fracassada tentativa de golpe. O debate, no entanto, ainda não avançou, segundo fontes do governo.
No domingo, manifestantes que pedem intervenção militar invadiram e depredaram os prédios do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Após as invasões, o presidente Lula decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal e o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), foi afastado do cargo por 90 dias.