Parlamentares admitem que falta de acordo é “começo do fim” da CPMI
Parlamentares da base do governo e da oposição afirmam que falta de acordo na CPMI do 8/1 nesta 3ª deve marcar “início do fim” da comissão
atualizado
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Após o impasse que adiou a sessão da CPMI do 8 de Janeiro desta terça-feira (22/8), governo e oposição no Congresso Nacional concordam que o imbróglio marca o “começo do fim” para a comissão de inquérito.
O motivo vai além da falta de acordo para os próximos passos do colegiado, explicam. Parlamentares dos dois lados entendem que a vontade da maioria do colegiado é pelo fim dos trabalhos da CPMI.
Do lado dos bolsonaristas, a ideia é que não é interessante manter a comissão com maioria governista. Já a base de Lula, que era contra a CPMI desde o começo, entende que é hora de focar nas pautas positivas do Planalto.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), já avisou que não há interesse da base em apoiar uma prorrogação dos trabalhos.
Assim, a tendência é que nenhum dos dois lados tope um acordo, como desejado pelo presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), para intercalar sessões com pedidos da oposição e do governo.
Nesta terça, a sessão da CPMI que votaria uma série de requerimentos foi cancelada após a falta de acordo entre relatora e presidente da comissão.
Como mostrou a coluna, Eliziane Gama defende a votação de uma série de quebras de sigilo contra aliados de Bolsonaro, como a deputada Carla Zambelli e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Além disso, a senadora quer votar uma reconvocação de Mauro Cid, após o ex-ajudante de ordens da Presidência da República trocar de advogado e sinalizar que deseja colaborar com as investigações.