1 de 1 Sergio Moro chega ao Senado pela entrada do anexo I, nesta terça-feira(23/11). O ex juiz entrou na liderança do Podemos antes da coletiva, onde vai defender Auxílio Brasil
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Ministros do presidente Jair Bolsonaro têm propagado, nos bastidores, um prognóstico desolador para um eventual futuro governo Sergio Moro (Podemos).
A aposta de auxiliares de Bolsonaro é de que, se eleito presidente da República em 2022, Moro “não duraria 90 dias” no cargo. Seria derrubado pelo Congresso nesse período.
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Após 22 anos de magistratura, o ex-juiz Sergio Moro, conhecido por conduzir a Lava Jato, firmou aliança com Bolsonaro e assumiu a condução do Ministério da Justiça, em 2019
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A união dos dois se deu pela forte oposição ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
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Presidente Jair Bolsonaro e o então ministro Sergio Moro
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Outrora aliados, Bolsonaro e Moro trocam críticas públicas frequentemente
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No fim de agosto de 2019, Bolsonaro ameaçou tirar Maurício Valeixo, chefe da Polícia Federal indicado por Moro, do cargo de direção da corporação
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“Ele é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí”, afirmou, na época, o presidente
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Em 24 de abril de 2020, Bolsonaro exonerou Valeixo do comando da PF e Moro foi surpreendido com a decisão
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Sergio Moro critica o presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma entrevista ao Estadão
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Para o senador, Moro não representa um adversário forte por não integrar o cenário político e não possuir o "exército de seguidores" de Bolsonaro
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Em novembro, o ex-juiz retorna ao Brasil e se filia ao partido Podemos. Pela sigla, lançou-se pré-candidato à Presidência da República
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A relação, antes amigável, torna-se insustentável. Em entrevistas e nas redes sociais, Moro e Bolsonaro protagonizam trocas de farpas
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Para esses ministros, a única salvação para Moro seria a presidente do Podemos, deputada Renata Abreu (SP), convencer o ex-juiz a se render ao establishment político e jurídico, como fez Bolsonaro.
A propósito, a ordem do presidente a auxiliares é insistir na tese de que Moro seria “traidor”. “O brasileiro ama traição, mas odeia o traidor”, justificou à coluna um influente ministro do governo.
A traição teria sido consumada pelo fato de o ex-juiz ter deixado o Ministério da Justiça do governo Bolsonaro atirando e até expondo troca de mensagens pessoais com o presidente.