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Para líderes da Câmara, não há como evitar taxação dos super-ricos

Lideranças da Câmara dizem que, apesar das resistências, não há como Legislativo segurar proposta popular de taxar super-ricos

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1 de 1 Imagem colorida do plenário da Câmara dos Deputados do Brasil (Congresso Nacional) - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Apesar da resistência de parte do Congresso Nacional nos bastidores, líderes partidários da Câmara dos Deputados avaliam que o Legislativo aprovará o projeto de taxação dos super-ricos, enviado na semana passada pelo governo Lula.

O motivo, segundo os caciques partidários, é que seriam poucos os deputados dispostos a se colocar publicamente contra a ideia de que super-ricos paguem mais impostos. Proposta que, na avaliação dos parlamentes, tem forte apelo popular.

O governo enviou ao Congresso dois projetos visando aumentar os impostos sobre os super-ricos. O primeiro é uma medida provisória para taxar fundos especiais. O segundo é um projeto de lei para taxar offshores.

Antes, o governo tentou tributar as offshores por meio da medida provisória que aumentava o salário mínimo, mas enfrentou forte resistência de parlamentares. Ficou acordado, então, que a taxação seria analisada como projeto de lei.

Como mostrou a coluna, o PSD, partido da base de Lula e que tem três ministérios no governo atualmente, indicou o deputado federal Pedro Paulo (RJ) para relatar o projeto, que foi enviado à Casa com urgência constitucional.

A proposta tem por objetivo aumentar a arrecadação do Executivo, ao estabelecer uma tributação para offshores, empresas e contas bancárias abertas geralmente em países com tributação menor que a do Brasil.

De acordo com o Ministério da Fazenda, o projeto tem potencial para gerar uma arrecadação de R$ 7,05 bilhões em 2024; , R$ 6,75 bilhões em 2025 e R$ 7,13 bilhões em 2026. A alíquota é progressiva, indo de 0% a 22,5%.

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