Para grupo de Braga Netto, PF mira militares para atingir GSI
Para aliados de Braga Netto, ações recentes da PF visam “desgastar” imagens das Forças Armadas e aumentar desconfiança de Lula com militares
atualizado
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Militares próximos a Braga Netto avaliam que as recentes operações da Polícia Federal contra integrantes das Forças Armadas teriam como pano de fundo a disputa da corporação com o GSI pelo comando da segurança do presidente Lula.
A percepção do grupo de Braga Netto, que é general da reserva, é de que as operações da PF contra militares bolsonaristas visam “desgastar” a imagem das Forças Armadas e, assim, aumentar a desconfiança de Lula em relação à caserna.
Para aliados de Braga Netto, ao enfraquecer os militares junto ao presidente, a PF diminui as chances de o GSI voltar a comandar a segurança dele. O Gabinete de Segurança Institucional é comandado pelo general Marcos Antonio Amaro.
Nas últimas semanas, vários militares que trabalharam para Jair Bolsonaro foram alvos de operações de prisão ou de busca. Entre eles, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e o capitão-de-corveta da Marinha Marcelo Vieira.
Como noticiou a coluna, militares do Alto Comando das Forças Armadas já temem uma possível operação da PF contra Braga Netto, que foi ministro da Casa Civil e da Defesa, além de candidato a vice na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022.
O temor é baseado nas intercepções feitas pela PF de conversas de militares que trabalharam com Bolsonaro e Braga Netto. Nas mensagens, esses ex-auxiliares discutem planos de um golpe para evitar a posse de Lula.