Para evangélicos, Ômicron pode atrapalhar PL que libera jogos de azar
Novo presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Sóstenes Cavalcante avalia que Arthur Lira não votará projeto de forma remota
atualizado
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Lideranças da Frente Parlamentar Evangélica apostam que o avanço da variante Ômicron da Covid-19 deve atrapalhar os planos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de votar o projeto de lei que regulariza os jogos de azar no Brasil ainda em fevereiro.
A expectativa de parlamentares evangélicos, que são contrários à proposta, é de que Lira evitará pautar matérias polêmicas, como é o caso do projeto dos jogos, com o plenário da Câmara voltando a funcionar de forma semipresencial em razão da Ômicron.
“Prefiro não acreditar que o Arthur Lira fará uma votação polêmica como essa no sistema online, me recuso a acreditar nisso”, disse à coluna do deputado Sóstenes Cavalcante, que será o presidente da frente neste ano.
No final de 2021, Lira conseguiu aprovar, no plenário da Câmara, um requerimento de urgência ao projeto. Na prática, o requerimento dá prioridade a proposta na pauta de votações no plenário da Casa.
Relator do PL, o deputado Felipe Carreras (PSB-PE) diz estar otimista com a votação ainda em fevereiro, apesar de ainda não ter uma data definida. Segundo ele, há um acordo entre o governo e a oposição para votar o texto no próximo mês.
Só que o regime virtual da Câmara vai, ao menos, até o Carnaval, marcado para o fim de fevereiro. No início de janeiro, devido ao avanço da variante Ômicron, o presidente da Câmara decidiu recuar e retomar os trabalhos de forma remota.
A Câmara voltou a realizar sessões totalmente presenciais em outubro do ano passado. Com a melhora nos índices da pandemia, Lira determinou que os deputados estivessem na Casa para poder votar e se manifestar durante as sessões plenárias.