Para cúpula do PL, Bolsonaro planejava levar joias para os EUA
Membros da cúpula do PL avaliam que Jair Bolsonaro queria levar para os Estados Unidos as joias presenteadas pelo regime da Arábia Saudita
atualizado
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Integrantes da cúpula do PL dizem, nos bastidores, não ter dúvidas de que Jair Bolsonaro planejava ficar para si com as joias presenteadas pelo regime da Arábia Saudita e apreendidas pela Receita Federal.
A avaliação feita por dirigentes do PL é de que Bolsonaro pretendia levar as joias para os Estados Unidos, onde o ex-presidente da República se refugiou após deixar o Palácio do Planalto.
Em território americano, Bolsonaro poderia manter as joias como patrimônio ou vendê-las sem ser alvo das autoridades brasileiras. As joias são avaliadas em 3 milhões de euros, cerca de R$ 16 milhões.
Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, Bolsonaro fez diversas tentativas para tentar liberar as joias, que foram apreendidas pela Receita em outubro 2021 no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
Uma das últimas tentativas ocorreu em 28 de dezembro, dois dias antes de Bolsonaro deixar o Brasil rumo a Orlando e três dias antes do término de seu governo.
O que Bolsonaro alega
Bolsonaro vem alegando, por meio de interlocutores, que só ficou sabendo da existência das joias presenteadas pelo governo saudita no final de 2022.
Um dos estojos foi apreendido pela Receita em outubro de 2021 com um assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que atuou, sem sucesso, para tentar liberar a entrada das joias.
Um segundo pacote com joias, no entanto, entrou no Brasil com a comitiva de Bento sem ser interceptado pela Receita. O estojo foi levado para o acervo pessoal de Bolsonaro, segundo aliados.