Para adversários, Boulos perde com Hamas, mas tema não chega à eleição
Opositores avaliam que Guilherme Boulos perde apoio em SP com posição pró-Palestina, mas admitem que tema não será explorado na eleição
atualizado
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Adversários de Guilherme Boulos (PSol) na disputa pela Prefeitura de São Paulo avaliam que a posição do deputado pró-Palestina prejudica sua imagem em meio aos ataques terrositas do Hamas a Israel.
Apesar disso, os opositores do parlamentar reconhecem que o tema não tem, hoje, força suficiente para atingir Boulos nas eleições municipais que ocorrerão em outubro de 2024.
A avaliação de adversários é de que Boulos deve perder apoios importantes nos próximos meses com a posição pró-Palestina, especialmente porque a capital paulista tem uma grande e ativa comunidade judaica.
Entretanto, com a distância de um ano para as eleições, a aposta é de que tema não será utilizado ativamente no debate eleitoral, normalmente focado em problemas e soluções para a cidade em si.
Nesta terça-feira (10/10), Boulos foi ao plenário da Câmara se defender dos ataques da oposição por suas posições em defesa do povo palestino.
Em rápida fala, o deputado disse que “nada justifica” a violência contra civis cometida pelo Hamas, e que o grupo não representa a totalidade da causa palestina. Ele chamou as críticas da oposição de “eleitoreiras”.
“E eu lamento muito que no momento trágico como esse, dramático, setores de extrema-direita no Brasil investem fake news e trabalhem com mentiras com finalidades eleitoreiras, querendo fazer associações absurdas, espúrias, entre nossa atuação aqui e o Hamas. Nosso foco nesse momento, com muita seriedade, precisa ser de solidariedade com as vítimas, principalmente os dois brasileiros que foram mortos no sul de Israel”, afirmou.