Pai de ministro pede ajuda para dar prefeitura “de presente” à mulher
Pai do ministro das Comunicações de Lula pediu ajuda da população para dar prefeitura no interior do Maranhão “de presente” à sua mulher
atualizado
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Pai do ministro das Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho, o ex-deputado estadual José Juscelino Rezende pediu ajuda a eleitores para dar a prefeitura de uma cidade no interior do Maranhão “de presente” à sua mulher.
O pedido foi feito durante comício na sexta-feira (27/9), no município de Presidente Juscelino (MA). A beneficiada seria a advogada Aline Rezende (União Brasil), atual mulher do ex-deputado e candidata a prefeita da cidade.
“Querem ou não querem me ajudar a dar esse presente para minha mulher”, disse o pai de Juscelino Filho ao lado de Aline, durante comício em um povoado da cidade.
Embora seja apresentada como “mulher” do pai de Juscelino Filho e use o sobrenome da família na eleição municipal, Aline Rezende declarou à Justiça Eleitoral ser “solteira”. Ela não é a mãe do ministro das Comunicações.
Aline é, inclusive, mais nova do que Juscelino Filho. A advogada, que nunca disputou eleições antes, de acordo com os registros do TSE, tem 34 anos de idade. Já o ministro de Lula tem 39 anos. O pai dele, por sua vez, tem 70 anos.
Aline concorre a prefeita em uma coligação que tem, além do União Brasil, PSD, Solidariedade e a federação PSDB-Cidadania. A única fonte de financiamento da campanha dela foram R$ 146,7 mil doados pelo União Brasil.
O montante é oriundo do fundo eleitoral do partido, ao qual Juscelino Filho também é filiado, e corresponde à boa parte do teto que candidatos a prefeito na cidade maranhense podem gastar na campanha (R$ 159,8 mil).
Juscelino pai indiciado
Como noticiou o Metrópoles, na coluna Guilherme Amado, José Juscelino é réu na Justiça do Maranhão por encomendar a morte de um agiota na cidade de Vitorino Freire, onde foi prefeito.
A denúncia por homicídio qualificado foi aceita em 2007, mas o caso está travado há dois anos no Superior Tribunal de Justiça (STJ), porque Juscelino Rezende tenta manter o julgamento em Vitorino Freire.