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Padilha vê Hugo Motta como “favorito” na Câmara: “Confio nele”

Em entrevista à coluna, ministro Padilha disse ver Hugo Motta como “favorito” à sucessão na Câmara e afirmou confiar no candidato de Lira

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Alexandre Padilha em entrevista à coluna de Igor Gadelha
1 de 1 Alexandre Padilha em entrevista à coluna de Igor Gadelha - Foto: Metrópoles

Responsável pela articulação política do governo, o ministro Alexandre Padilha disse, em entrevista à coluna, ver o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) hoje como o “favorito” na disputa pela presidência da Câmara.

O parlamentar paraibano é o candidato apoiado pelo atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), com quem o ministro das Relações Institucionais de Lula tem uma relação difícil.

Na entrevista, Padilha também afirmou que “confia” em Motta, apesar da desconfiança de parte de integrantes do governo no deputado por conta das ligações dele com Ciro Nogueira (PP) e Eduardo Cunha.

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Segundo o ministro das Relações Institucionais, Hugo Motta foi responsável por ajudar a aprovar projetos importantes do governo, como a reforma tributária e projetos de retomada das políticas sociais.

“Conheço Hugo Motta desde quando fui fazer campanha para a família dele e para o PT em Patos (PB) e conheço ainda mais ele como líder do Republicanos no ano passado. Eu confio no Hugo Motta que vi como líder do Republicanos ano passado e esse ano como alguém que ajudou muito a aprovar reforma tributária, marco fiscal, criação de políticas sociais. Eu confio nessa figura, e o PT tá confiando também nos compromissos dele”, disse o ministro à coluna.

Padilha afirmou que os outros dois candidatos da disputa, Antonio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União-BA), também ajudaram o governo, mas admitiu que ambos não são favoritos.

“Os dois também tiveram uma postura muito positiva (com o governo), mas, por algum motivo da Câmara, não tem tanto apoio como tem o candidato Hugo Motta. Acho que ele é o favorito nessa disputa”, declarou o ministro.

Interferência de Lula

O ministro também reiterou que, apesar de o PT apoiar Motta, o presidente Lula não pretende interferir na eleição para o comando da Câmara, marcada para 3 de fevereiro de 2025.

“O presidente Lula tem uma postura de respeito ao processo interno da Câmara, de não querer interferir, sem falar. Então, o presidente não deu aval para a ou pra B, mas ele quando recebeu o líder que representa o seu partido disse que respeita a condução do PT”, disse o ministro.

Confira esse trecho da entrevista:

O presidente Lula deu aval para o PT apoiar o deputado Hugo Motta na eleição para presidência da Câmara?

O presidente Lula fez o que ele sempre fez, desde o começo do ano, quando esse debate começou. Ele faz isso pela experiência política de quem já governo esse país, de todos nós que estamos aqui, enquanto ministro dasRelações Institucionais, também já estivemos nessa situação em outros governos do presidente Lula. Que é uma postura de respeito ao processo interno da Câmara. De não querer interferir. De falar o seguinte: ‘O meu presidente da Câmara vai ser aquele eleito pela Câmara dos Deputados’. Então o presidente não é que deu aval para A ou pra B. Mas ele, quando recebeu o líder e a presidente de seu partido, disse: ‘Olha eu respeito a condução que vocês estão em fazer’. E vai sempre respeitar. Não só do PT como os demais partidos políticos.

Eu acho que o candidato Hugo Motta está ganhando cada vez mais apoios. Eu conheço o Motta desde quando fui fazer campanha em 2008 lá em Patos, na Paraíba.  Depois como colegas deputados, juntos. E eu posso dar um testemunho em relação a postura dele enquanto o líder do Republicanos: muito colaborativo com a agenda central do governo. Hugo Motta foi alguém que foi muito importante ano passado, nesse ano, para aprovarmos a reforma tributária, aprovamos a isenção de imposto de renda para quem ganha até dois salários mínimos, para aprovar  a retomada de todas as políticas sociais, essa agenda transição ecológica. O governo do presidente Lula, em um ano e 10 meses, tem a maior taxa de aprovação de projetos de iniciativa do governo da história da redemocratização. E ele (Motta) tem um papel importante. Como também teve o Antonio Brito, também teve Elmar Nascimento e os outros candidatos que por algum motivo ali, da dinâmica da Câmara, hoje não tem tantos apoios como tem o Hugo Motta.

Recentemente, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, deu uma entrevista para uma rádio na Bahia dizendo que o Hugo Motta seria uma mistura de Ciro Nogueira com Eduardo Cunha. O senhor concorda com essa avaliação? E mais que isso, acha que o governo vai confiar nele, em uma eventual presidência da Câmara?

Eu quero dizer uma coisa aqui: eu conheço o Hugo Motta desde quando fui lá fazer campanha para a família dele e para o PT lá em Patos. E conheço mais ainda ele como líder do Republicanos do ano passado. Eu confio no Hugo Motta pelo que eu vi como líder do Republicanos, como alguém que ajudou muito na aprovação da reforma tributária, na aprovação do marco fiscal, nas votações decisivas de recriação das políticas sociais. Nos recriamos 16 políticas sociais precisando de aprovação do Congresso Nacional: Mais Médicos, Minha Casa Minha Vida, ampliação Bolsa Família, programa de adição de alimentos. Teve uma parceria fundamental do líder Hugo Motta na aprovação de todas elas. Então, eu confio nessa figura e o PT tá confiando também nos compromissos que ele assumiu.

Acho que ele é hoje o favorito para eleição, mas ainda tem mais de um mês né. Eu sei disso, e ele sabe disso. Está ali na sandália da humildade, vai conversando com todas as bancadas como sempre. Porque tem uma construção, tem o apoio de lideranças importantes de vários partidos. Se consolidando como favorito, mas sabe que tem uma eleição longa aí.

Colaborou Gustavo Zucchi

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