Os três palanques exigidos por Bolsonaro a Valdemar para entrar no PL
Presidente Jair Bolsonaro avalia três estados como “fundamentais” para sua campanha à reeleição em 2022
atualizado
Compartilhar notícia
Antes de assinar o casamento com o PL nesta terça-feira (30/11), o presidente Jair Bolsonaro exigiu de Valdemar Costa Neto ter a palavra final sobre os palanques do partido em 2022 nos três maiores colégios eleitorais do Brasil: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O maior imbróglio, como se sabe, foi São Paulo, maior colégio eleitoral do país. No estado, o PL tinha um pré-acordo para apoiar a candidatura do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB). Bolsonaro, porém, exigiu que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, seja o candidato do PL ao governo paulista no próximo ano.
No Rio de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral do Brasil, a decisão foi mais simples. O atual governador do estado, Cláudio Castro, que pretende disputar reeleição em 2022, é do próprio PL e tem uma boa relação com o presidente da República.
Já em Minas, segundo maior colégio eleitoral, Bolsonaro disse a Valdemar que quer fechar uma aliança com o atual governador mineiro, Romeu Zema (Novo). Segundo aliados de Bolsonaro, já haveria até uma conversa encaminhada de pedido de apoio a Zema no ano que vem.
O governador mineiro, porém, tem sido cobiçado por outros presidenciáveis. Um deles é o ex-juiz Sergio Moro, que esteve com Zema na semana passada tentando negociar uma possível aliança em 2022. Assim como Bolsonaro, o ex-juiz vê o palanque de Minas Gerais como fundamental para sua campanha ao Planalto.
Além disso o próprio Partido Novo vê no mineiro uma esperança. Seja para empurrar o pré-candidato do partido, Luiz Felipe D’Ávila, para uma posição mais consolidada na corrida pelo Palácio do Planalto, ou pelo menos para ajudar a reforçar a bancada da legenda na Câmara dos Deputados.