Oposição pressiona, mas vê como inevitável aprovação da PEC Kamikaze
Parlamentares opositores admitem que governo tem votos mais do que suficientes para aprovar, na Câmara, a PEC com pacote de bondades
atualizado
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Apesar da pressão contra a proposta que têm feito nos últimos dias, parlamentares da oposição estão descrentes sobre as chances de conseguirem impedir a aprovação da PEC Kamikaze na Câmara dos Deputados.
Pelas contas de deputados opositores, há votos mais do que suficientes para que o governo aprove o texto tanto na comissão especial que analisa a matéria, quanto no plenário da Casa.
O único movimento possível, explicam, será apresentar uma série de emendas que constranjam o governo, como, por exemplo, tentar transformar os benefícios previstos na PEC em algo permanente.
Há também quem defenda apresentar emendas para pedir a extensão desses benefícios, que na PEC vão apenas até dezembro deste ano, para além do primeiro mandato do presidente Jair Bolsonaro.
Na avaliação da oposição, o cenário para a PEC na Câmara será parecida com o do Senado, onde apenas o senador José Serra (PSDB-SP) votou contra o texto.
O relator da PEC na Câmara, Danilo Forte (União-CE), apresentou seu relatório sem nenhuma modificação no texto em relação ao Senado. Com isso, caso seja aprovado, não terá de passar por uma nova votação pelos senadores.
A PEC deve ser votada na comissão especial da Câmara nesta quinta-feira (7/7). A expectativa de governistas é de que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), paute a matéria no plenário no mesmo dia.
A PEC
Pela proposta, o governo terá autorização para implementar, a três meses da eleição, um “pacote de bondades”. Algo que pode ajudar na tentativa de Bolsonaro buscar a reeleição.
Dentre elas, o governo poderá ampliar o Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 e instituir auxílio de R$ 1 mil para caminhoneiros, ajuda para taxistas e aumento do valor do Vale Gás.