Oposição avisa que não tem acordo para PEC dos Precatórios
Líderes da oposição avisaram ao presidente da Câmara que “o conjunto da obra está ruim” e que não há acordo, mesmo com mudança no Fundef
atualizado
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Precisando de votos para aprovar a PEC dos Precatórios, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não deve contar com a oposição. E isso independentemente da solução dada para os precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), que irão beneficiar governadores de estados controlados pela esquerda.
O principal problema apontado por lideranças da oposição, inclusive, não é o atraso apenas nos precatórios do Fundef. O ponto que deve ser batido nas discussões em plenário é o espaço que a PEC abrirá para as chamadas emendas de relator no Orçamento da União, que são utilizadas pelo governo para agraciar parlamentares aliados.
“O conjunto da obra está ruim. Não tem como melhorar algo a partir de calote”, disse à coluna o líder do PT na Câmara, Bonh Gass (RS). Lira prometeu uma conversa com a oposição antes da sessão. A ideia do governo seria parcelar os precatórios do Fundef, pagando cerca de 40% deles no ano que vem. Tudo fora do teto de gastos.
Mesmo assim, Arthur Lira sinalizou que irá tentar votar a proposta. A PEC é o único item na pauta da sessão da Câmara marcada para 18h desta quarta-feira (3/10). Governistas dizem que é possível aprovar a PEC mesmo sem a esquerda na Câmara. Basta quórum.
Até o início da tarde de hoje, haviam apenas 185 deputados na Casa. São necessário no mínimo 308 votos para aprovação de uma PEC.