Presidente da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP) promete manter a obstrução na Câmara contra o projeto que regulariza os jogos de azar no Brasil, mesmo que ela atrapalhe a votação da PEC dos Precatórios, pauta de interesse do governo.

À coluna Cezinha disse que, caso o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tente votar requerimentos para agilizar a análise do projeto dos jogos nesta terça-feira (14/12), os evangélicos seguirão não registrando presença na sessão. Isso pode prejudicar a votação da PEC dos Precatórios, também prevista para ser analisada na terça.

Nessa segunda-feira (13/12), Lira tentou votar um requerimento para fazer o projeto que regulariza jogos de azar no Brasil tramitar em regime de urgência. O requerimento, se aprovado, fará a proposta ter prioridade em relação a outras matérias para ser votada na Câmara.

Como revelou a coluna, Cezinha, porém, enviou mensagens para os membros da frente evangélica pedindo que não  registrassem presença na sessão da Câmara. O objetivo foi evitar que houvesse quórum mínimo suficiente para que a votação sobre os jogos de azar fosse iniciada.

Aliados de Lira revelaram à coluna que o presidente da Câmara pretende tentar votar o requerimento de urgência novamente nesta terça-feira (14/12). A expectativa de Lira é de que o apelo para votar a PEC dos Precatórios ajude na obtenção de quórum para a sessão.

Bolsonaro prometeu a evangélicos vetar

Caso não consiga impedir a votação e o projeto que regulariza os jogos de azar seja aprovado, a Frente Parlamentar Evangélica se apega a um “plano B”. Segundo Cezinha, o presidente Jair Bolsonaro prometeu aos evangélicos vetar a proposta, caso ela seja aprovada.

“Eu perguntei ao presidente se ele vetaria e ele disse: ‘Sou contra e se a Câmara aprovar, eu veto'”, disse Cezinha à coluna.