O que Pacheco pensa sobre seu aliado ser líder do governo no Senado
Convidado para ser o novo líder do governo no Senado, Alexandre Silveira (PSD-MG) é próximo do presidente do Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
atualizado
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Apesar de ter uma relação distante com o Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não pretende impor barreiras para a nomeação do futuro senador Alexandre Silveira (PSD-MG), seu aliado de primeira hora, para o cargo de líder do governo na Casa.
Segundo apurou a coluna, Pacheco foi uma das primeiras pessoas consultadas por Silveira sobre o convite que recebeu do Planalto. A interlocutores o presidente do Senado argumentou que não seria justo impedir os planos do aliado, que poderá usar a liderança para alavancar sua carreira política.
Presidente do PSD em Minas e atual diretor de Assuntos Técnicos e Jurídicos do Senado, Silveira assumirá o mandato na Casa em fevereiro, no lugar do senador Antonio Anastasia (PSD-MG), de quem é suplente. Anastasia deixará o Senado para tomar posse como ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
Interlocutores de Pacheco lembram que Silveira terá apenas um ano de mandato e, por isso, precisará tentar reeleição em outubro. Nesse cenário, a avaliação é que a liderança do governo vai ajudá-lo a se reeleger, uma vez que o cargo o dará visibilidade e prestígio para levar recursos a Minas Gerais.
Para o grupo do atual presidente do Senado, a escolha de Silveira foi uma aposta do presidente Jair Bolsonaro para tentar melhorar a relação com a Casa, que tem sido bastante ruim até agora. A avaliação é que o Planalto acredita que a proximidade do futuro senador com Pacheco ajudará a destravar pautas de interesse do governo.
Ala do PSD reage
A percepção do presidente do Senado é diferente da de outros senadores do PSD. Como noticiou a coluna, uma ala da bancada da legenda na Casa é contra Silveira assumir a liderança do governo e até já marcou uma reunião no dia 7 de fevereiro para tratar do assunto.
Em linhas gerais, esses senadores argumentam “não ter cabimento” o PSD assumir a liderança do governo, enquanto o partido se define como “independente” em relação ao Planalto e demonstra interesse em lançar Rodrigo Pacheco como candidato à Presidência da República em 2022.