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O que Moro disse a Moraes sobre a cassação de Dallagnol

Em entrevista à coluna, Sergio Moro contou que discutiu a cassação de Deltan Dallagnol em reunião com presidente do TSE, Alexandre de Moraes

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Sergio Moro no estúdio do Metrópoles
1 de 1 Sergio Moro no estúdio do Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O senador Sergio Moro (União-PR) expressou pessoalmente ao presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, sua discordância sobre a decisão da Corte Eleitoral que cassou o mandato de Deltan Dallagnol (Podemos-PR).

A conversa com Moraes foi relatada pelo próprio Moro em entrevista à coluna nesta terça-feira (30/5). Os dois se encontraram em 17 de maio, um dia após o TSE cassar o mandato de deputado federal de Dallagnol.

“Desde o início quando foi proferida a decisão, me solidarizei com o Deltan e coloquei de maneira clara minha discordância, minha divergência. Inclusive falei para o próprio ministro Alexandre de Moraes, tive a oportunidade de falar com ele. Falei: ‘Olha, ministro, divirjo respeitosamente da decisão, acho que não foi a melhor’. Mas sempre tratei destes temas com o maior respeito com as instituições”, afirmou Moro na entrevista.

Segundo o senador, ele se encontrou com Moraes, que também é ministro do STF, para tratar de temas ligados à segurança pública e aproveitou para expressar sua opinião sobre o caso de Dallagnol.

Moro, entretanto, preferiu não revelar qual foi a resposta de Moraes. “Foi uma conversa normal. E também não vou ficar falando o que conversamos, todos os detalhes. Foi uma conversa privada, sobre assuntos republicanos”, disse.

Moro teme ser cassado?

Na entrevista, Moro afirmou ainda não temer ser ele próprio cassado. O senador é alvo de ações na Justiça Eleitoral que pedem a cassação de seu mandato por suposto caixa 2 durante a campanha de 2022.

Na avaliação do ex-juiz da Lava Jato, as pessoas tentam colocá-lo como próprio alvo de cassação “para gerar um clima ruim” em relação ao ele.

“Na verdade oque existe é um zum zum zum. Estou absolutamente seguro do que fizemos na campanha. Declaramos tudo que a gente gastou. E na pré-campanha as atividades são relacionadas com o partido. Seguimos estritamente as orientações do advogado. E todos os gastos foram feitos pelo partido”, disse.

Reforma no Judiciário

Ainda na entrevista, Moro disse ser contra impeachment de ministros do STF, como parte dos senadores da oposição defende. Para ele, essa é uma pauta “que não pacifica o país”.

O ex-juiz, porém, defendeu uma reforma do Judiciário para acabar com o “superprotagonismo” do STF. Ele defendeu, por exemplo, mandatos de 12 anos para futuros ministros do Supremo.

Confira na íntegra a entrevista:

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