O que Lula e Moro têm em comum na atual campanha
Ex-presidente e ex-ministro da Justiça, adversários no campo político, cultivam semelhança em sua arrecadação de campanha
atualizado
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Ferrenhos adversários políticos, Lula (PT) e Sergio Moro (União) têm algo em comum na atual campanha eleitoral: ambos já arrecadaram mais do que poderão gastar nas eleições.
No caso de Moro, sequer há a desculpa de um eventual segundo turno, uma vez que o ex-juiz da Lava jato concorre ao Senado pelo Paraná, posição definida em apenas um turno.
Ao TSE o ex-juiz declarou ter arrecadado R$ 4,5 milhões entre doações e recursos dos fundos eleitoral e partidário. O valor é cerca de R$ 100 mil a mais que o teto de gastos para candidatos ao Senado, de R$ 4,4 milhões.
Do total arrecadado, o ex-ministro da Justiça declarou à Justiça Eleitoral ter gastado R$ 2,7 milhões. A maior despesa foi com contratação de advogados (R$ 700 mil).
Lula, por sua vez, informou ao TSE ter arrecadado R$ 90,1 milhões. O limite de gastos para candidatos à Presidência da República no primeiro turno é de R$ 88,9 milhões. Até agora, o petista disse já ter desembolsado R$ 57,7 milhões.
No caso de Lula, porém, a “sobra” pode ser usada na campanha de um eventual segundo turno. Nessa etapa da eleição, candidatos a presidente podem gastar mais R$ 44,4 milhões.