O que deputados do PT querem em troca de apoio para sucessão de Lira
Mais do que governabilidade, deputados petistas querem autonomia, especialmente em relação as emendas parlamentares e cargo
atualizado
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Ainda sem cravar qual dos candidatos à sucessão de Arthur Lira (PP-AL) irão apoiar, os deputados da bancada do PT na Câmara querem mais do que governabilidade para Lula em troca de apoio na eleição à presidência da Casa.
A coluna apurou que deputados petistas querem ter mais “autonomia” em relação ao governo, especialmente por causa das emendas parlamentares e distribuição de cargos.
Na avaliação de petistas, o governo praticamente entregou todas as emendas para candidatos do Centrão. Essa reclamação é especialmente de deputados do baixo clero, que têm pouco ou nenhum acesso ao chefe do Planalto.
Em reservado, um deputado do PT disse à coluna que o governo não “protegeu” a bancada e que, agora, é a oportunidade que os parlamentares têm para se proteger.
Petistas também avaliam que é momento de fazer requisições aos candidatos já que a federação com PT, PV e PCdoB está fortalecida nesse momento. Com 81 deputados, a bancada será decisiva na definição do futuro da Câmara.
Jantares com candidatos
Como noticiou a coluna, a bancada do PT na Câmara decidiu realizar três jantares nas próximas semanas, um com cada postulante à Presidência da Câmara.
O primeiro jantar foi na quarta-feira (16/10) com o líder do Republicanos, Hugo Motta, favorito de Lira na disputa. O encontro aconteceu na casa do deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA) em Brasília.
A segunda reunião seria um almoço nesta quinta-feira (17/10), com o líder do PSD na Câmara, deputado Antonio Brito (BA). O parlamentar, entretanto, pediu para adiar o encontro, já que estaria com Lula na Bahia.
Já o jantar do líder do União Brasil, Elmar Nascimento, deve ficar para a próxima semana, segundo apurou a coluna. A data ainda será marcada, já que há possibilidade de não serem convocadas sessões da Câmara.