O pedido do mercado financeiro para a campanha de Lula
Em conversas com o deputado Alexandre Padilha, representantes do setor financeiro dizem que transparência e previsibilidade são essenciais
atualizado
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Nas conversas que tem feito com representantes do mercado financeiro, o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) escuta um pedido recorrente para ser levado a campanha de Lula.
Entre as preocupações com a reforma trabalhista e com a postura de um governo petista ante o teto de gastos, o maior pedido é por transparência e previsibilidade.
O argumento é que os diversos setores da economia não podem ser pegos de surpresa com eventuais mudanças de rota na economia. Algo que, segundo o petista, foi recorrente durante os anos do governo de Jair Bolsonaro.
Na réplica, Padilha avisa aos interlocutores que nada será feito em um eventual governo Lula sem conversa. Mudanças na reforma trabalhista, por exemplo, serão debatidas com diversos setores antes de serem levada ao Congresso Nacional.
A vontade de Lula, neste caso, é montar uma roda entre empresas, sindicatos e o governo. Seu modelo dos sonhos é as modificações feitas recentemente na Espanha. Mas tudo será conversado, avisa Padilha.
Boa parte do mercado financeiro, segundo o petista, precificou a vitória de Lula nas eleições de outubro. Cerca de 70% dos interlocutores de Padilha dizem acreditar que o PT vencerá a disputa presidencial contra Bolsonaro.