O novo argumento da Fazenda pelo fim da desoneração da gasolina
Time de Haddad na Fazenda afirma que manter os preços de combustíveis baixos de forma artificial terá impacto ainda maior na inflação futura
atualizado
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Integrantes do Ministério da Fazenda já têm pronto um argumento para defender o fim das desonerações sobre os combustíveis, principal embate no momento entre as alas políticas e econômicas do governo.
À coluna, eles afirmam que é frágil o argumento de que reonerar os combustíveis, com a volta do PIS/Pasep e Cofins sobre a gasolina e o álcool, trará impacto substancial na inflação do país.
Aliados do ministro Fernando Haddad justificam que manter a desoneração levará a um impacto ainda maior na chamada “inflação futura”, já que os preços serão mantidos baixos de forma artificial.
Manter a desoneração, dizem especialistas, gerará um alto custo para os cofres públicos e levaria a deterioração de expectativas do mercado.
“O governo reduz arrecadação, o que piora o problema fiscal. Isso gera maior pressão e risco econômico, pressiona mais os juros e os custos produtivos. Isso leva a pressão inflacionária”, explica a economista do Insper Juliana Inhaz”.
A tese da ala política é que acabar com a alíquota zero dos impostos federais sobre os combustíveis é utilizada pela ala política do governo Lula. Eles afirmam que não prorrogar a medida impactará negativamente na inflação brasileira.