Senadores do PL não descartam que o partido venha a apoiar a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado em 2023. Tudo dependerá, explicam os parlamentares, do resultado do segundo turno da eleição ao Palácio do Planalto deste ano.

Lideranças do PL admitem que, caso Lula vença as eleições, a legenda pode apoiar Pacheco na eleição interna do Senado. A avaliação é de que, nesse cenário, o atual presidente da Casa seria um nome mais palatável do que outros senadores de esquerda mais alinhados a Lula.

Senadores do PL argumentam que Pacheco tem uma boa interlocução com o partido de Jair Bolsonaro e que o eventual apoio à reeleição dele no Senado poderia ser usada para negociar o apoio da bancada do PSD às pautas defendidas pelo PL.

Se Bolsonaro for reeleito, no entanto, o partido do presidente vai tentar eleger o próximo comandante do Senado. A partir de 2023, a legenda terá a maior bancada da Casa, com 15 senadores, e já articula a filiação de mais dois parlamentares.

Encontro com Valdemar

Como noticiou a coluna, antes de o PSD em Minas fechar apoio a Lula nas eleições deste ano, Pacheco chegou a conversar com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, para tratar de um possível apoio da sigla a sua reeleição para o comando do Senado no próximo ano.

Apesar do apoio do PSD a Lula, Pacheco se manteve distante da campanha presidencial. Em entrevista coletiva na terça-feira (11/10), o senador reafirmou que não irá declarar apoio a nenhum candidato no segundo turno, mesma postura que adotou no primeiro turno.