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O acordo entre Bolsonaro e Guedes no debate de reajuste a servidores

Presidente Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes selaram acordo de procedimentos até que governo bata martelo sobre reajuste a policiais

atualizado

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Presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Jair Bolsonaro e Paulo Guedes selaram, nos últimos dias, um acordo de procedimentos até que o presidente da República decida se concederá mesmo ou não o reajuste salarial prometido a policiais federais.

Embora seja contra a concessão do reajuste, o ministro da Economia prometeu não dar mais declarações públicas condenando a medida, enquanto Bolsonaro não bater o martelo sobre o tema.

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O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidente
No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022
No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)
Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protesto
Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidores
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O governo Bolsonaro vive período conturbado com alguns servidores públicos. Tudo começou depois que foi anunciado reajuste salarial para policiais, mas o aumento financeiro de outras categorias ficou de fora dos planos

Hugo Barreto/Metrópoles
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O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidente

Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022

Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles
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No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)

Matheus Veloso/Especial Metrópoles
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Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protesto

Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidores

Morsa Images/ Getty Images
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Sem resposta, servidores públicos de mais de 40 órgãos federais realizaram, no dia 18 de janeiro, protestos em frente ao Banco Central e ao Ministério da Economia, em Brasília, cobrando por reajustes com base na correção da inflação

MmeEmil / Getty Images
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Em meio à repercussão, Bolsonaro chegou a afirmar que todos os servidores merecem aumento. Contudo, em nenhum momento especificou se outras categorias, além da segurança pública, receberiam o reajuste

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A pressão do funcionalismo público por aumento salarial tem preocupado a equipe econômica. O ministro Paulo Guedes, no entanto, não esconde que é contra qualquer reajuste

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De acordo com Guedes, o governo precisa “ficar firme”. “Sem isso, é como Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos, até explodir a barragem e todos morrerem na lama”, disse o ministro sobre o assunto

Fábio Vieira/Metrópoles

Em troca, o chefe do Palácio do Planalto se comprometeu a não falar mais publicamente que o reajuste está garantido. Nessa semana, por exemplo, Bolsonaro afirmou que “não está garantido reajuste a ninguém”.

Apesar da promessa ao chefe, Guedes tem dito a interlocutores que seguirá no trabalho de bastidores para convencer o presidente a não conceder reajuste a nenhuma categoria do funcionalismo público federal.

Guedes já levou a Bolsonaro alerta feito por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o reajuste apenas a algumas categorias pode gerar uma onda de ações na Corte cobrando o mesmo tratamento para todos servidores.

Congresso já aprovou o valor

A pedido do presidente, o Congresso Nacional já aprovou um valor de R$ 1,79 bilhão no Orçamento da União de 2022 para dar reajuste a policiais federais. A concessão de fato, porém, ainda depende de decisão do presidente.

A promessa do Palácio do Planalto à Polícia Federal provocou reação entre outras categorias do funcionalismo público federal. Entre elas, a Receita Federal e o Banco Central.

As categorias insatisfeitas marcaram para a próxima terça-feira (18/1) uma paralisação e um protesto na frente do Ministério da Economia para cobrar reajuste salarial também a outros setores.

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