Recém-empossado como presidente nacional do PSDB, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, disse ver o partido no “centro” do espectro político brasileiro.

Em entrevista à coluna nesta quarta-feira (8/2), o tucano afirmou que a legenda nem vai endireitar junto ao bolsonarismo, nem virar linha auxiliar de Lula.

“Acho que o PSDB está ao centro. E o centro não é ausência de posição; é justamente estar equidistante”, declarou Leite.

O governador deixou claro, porém, que o partido será “oposição” a Lula nas pautas em que julgar como “retrocesso”, sobretudo na área econômica.

Para Leite, a sigla é composta por “liberais” e “democratas” que estimulam o empreendedorismo, mas, ao mesmo tempo, entendem que o mercado não pode resolver todos os problemas.

Após o fraco desempenho nas eleições de 2022, o novo presidente do PSDB afirma que pretende liderar uma discussão para definir as reais bandeiras do partido.

“Não fui eleito para ser dono do partido, para mandar no PSDB. Mas para liderar um processo que entendo que deve ser de discussão programática, profunda, do partido para uma compreensão nos tempos atuais da política do que é o PSDB, quais são as suas bandeiras, o que deve ser defendido, e acho que mais do que nunca o PSDB é importante para o país”, disse.

Eleições de 2026

Na entrevista, o governador gaúcho também comentou sobre os planos de disputar a Presidência da República nas eleições gerais de 2026.

Leite admite que, como político, almeja o cargo. Ele deixou claro, no entanto, que qualquer candidato precisará avaliar as condições do cenário antes de se lançar na disputa.

Confira a entrevista na íntegra: