Novo presidente da Petrobras é amigo de Rodrigo Maia e deputado do PL
Economista Adriano Pires também tem boa interlocução com ministros do governo; entre eles, Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional
atualizado
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Indicado nessa segunda-feira (28/3) para ser o novo presidente da Petrobras, o economista Adriano José Pires Rodrigues tem ampla interlocução política em Brasília.
No Congresso Nacional, diversas lideranças partidárias dizem já ter conversado com o economista para se aconselhar sobre projetos na área de petróleo e gás que tramitaram no Legislativo.
Pires também tem boa relação com alguns ministros do governo. Entre eles, Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), de quem é conselheiro. Marinho é adversário político do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Amizade pessoal
Em alguns casos, a relação do economista extrapolou a política e entrou no campo pessoal. Pires é amigo pessoal, por exemplo, do ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (RJ).
Os dois se conhecem há mais de 20 anos. A amizade vem desde o pai do deputado federal, o vereador do Rio César Maia (União Brasil), de quem Pires também é próximo.
“É meu amigo”, admitiu à coluna Rodrigo Maia, que é adversário político do presidente Jair Bolsonaro e deve se filiar ao PSDB para disputar reeleição à Câmara pelo Rio de Janeiro.
Indagado se economista entrará para mudar a política de preços da Petrobrás, Maia respondeu: “Não tenho conversado com ele, mas Bolsonaro não mudou para manter o atual modelo”.
O novo presidente da estatal também é amigo pessoal de deputados baianos. Entre eles, de João Carlos Bacelar, que é filiado ao PL, mesmo partido do atual presidente da República.
Currículo e posições
Assim como o clã Maia, Pires é do Rio. Ele tem doutorado em Economia Industrial pela Universidade de Paris e atualmente atua como consultor Centro Brasileiro de Infraestrutura na área de combustíveis.
Em publicações recentes, o economista, que também já atuou na ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), se manifestou contra a intervenção do governo federal na política de preços da Petrobras.
Pires, no entanto, defendeu a criação de um fundo emergencial de subsídios para evitar que a alta no preço dos combustíveis seja repassada ao consumidor