Novo presidente da Comissão de Meio Ambiente já irritou ambientalistas
Deputado Covatti Filho (PP-RS) tentou modernizar legislação sobre agrotóxicos e alterar nomenclatura para “defensivos fitossanitários”
atualizado
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Escolhido nesta quarta-feira (27/4) novo presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, o deputado Covatti Filho (PP-RS) já irritou ambientalistas em um passado não tão distante.
O indicado do Progressistas para comandar o colegiado em 2022 fez ecologistas torcerem o nariz ao apresentar um projeto que atualiza a regulamentação sobre uso de agrotóxicos no Brasil.
A proposta foi protocolada em 2015 por Covatti, que é membro da Frente Parlamentar Agropecuária, e previa, entre outros pontos, a mudança do termo “agrotóxico” para “defensivo fitossanitário”.
A proposta é semelhante ao projeto votado em fevereiro deste ano na Câmara, de autoria do então senador Blairo Maggi e relatado pelo deputado Luiz Nishimori (PL-PR).
No caso, o projeto aprovado modificou as regras para a obtenção do registro da agrotóxicos e trocou sua nomenclatura na lei para “pesticidas”.
O texto de Covatti acabou prejudicado pela aprovação do PL de Maggi. O agora presidente da Comissão de Meio Ambiente votou favoravelmente ao projeto do ex-senador no plenário da Câmara.
A proposta, conhecida entre ambientalistas como PL do Veneno, está parada no Senado desde fevereiro aguardando análise pelos senadores.
No início de março, artistas liderados pelo cantor Caetano Veloso estiveram no Congresso e fizeram um show de protesto na Esplanada. Eles pediram ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para não votar o texto.
