Novo embaixador do Brasil na Argentina foi perseguido por Ernesto Araújo
Novo embaixador do Brasil na Argentina, Julio Bitelli sofreu retaliações no Itamaraty durante a gestão do ex-chanceler Ernesto Araújo
atualizado
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Buenos Aires — Indicado pelo governo Lula para ser o novo embaixador do Brasil na Argentina, o diplomata Julio Bitelli foi perseguido pelo ex-chanceler Ernesto Araújo durante o governo Jair Bolsonaro.
Ernesto e Bitelli trabalharam juntos no gabinete do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, quando o atual chanceler de Lula ocupava o mesmo cargo no governo Dilma Rousseff (2015-2016).
Após assumir a chefia do Itamaraty, na gestão Bolsonaro, Ernesto retaliou Bitelli, removendo o diplomata da embaixada do Brasil na Colômbia para enviá-lo para a Mauritânia, país pequeno da África.
Aliados de Bitelli, então, intercederem, e Ernesto indicou o diplomata para o Marrocos, posto considerado “menos pior” que a Mauritânia. A indicação foi aprovada pelo Senado brasileiro em agosto de 2019.
Para amigos de Bitelli, embaixadas em países da África não estariam a altura da experiência do diplomata, que já foi embaixador na Colômbia (2016-2019) e ministro-conselheiro em Buenos Aires (2010-2013).
Bitelli, como noticiou a coluna, é muito próximo ao atual ministro das Relações Exteriores, de quem foi chefe de gabinete no Itamaraty durante o segundo governo Dilma.