Nora de Bolsonaro vai trabalhar no Senado, mas com salário do governo
Governo Lula cedeu companheira do vereador Carlos Bolsonaro para liderança da minoria do Senado, mas continuará arcando com salário dela
atualizado
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Servidora federal concursada, uma das noras do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi cedida pelo governo Lula para trabalhar na liderança da minoria do Senado, mas continuará com o salário bancado pelo Poder Executivo.
Mãe da filha de Carlos Bolsonaro e atual companheira do vereador, Martha Seillier foi cedida para atuar no gabinete chefiado pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro de Bolsonaro e atual líder da minoria no Senado.
A cessão da nora de Bolsonaro foi publicada nesta segunda-feira (16/12) no Diário Oficial da União (DOU). A portaria é assinada pela secretária-executiva do Ministério da Gestão e Inovação, Cristina Kiomi Mori.
Segundo o ato, “o ônus pela remuneração” de Martha, que é servidora do Ministério da Gestão e Inovação, “é do órgão cedente”. Ou seja, ela continuará recebendo salário do governo, mesmo trabalhando no Senado.
Como servidora concursada do ministério, Martha tem um salário polpudo. Segundo dados do portal da transparência, ela recebe R$ 29,8 mil brutos por mês. Após os descontos, o salário líquido fica R$ 22,4 mil.
Na nova função no Senado, Martha seguirá recebendo o salário do governo mais uma parte da remuneração do cargo comissionado que ocupará na liderança da minoria.
A economista assumirá o posto de “assistente parlamentar júnior AP-09”, cujo vencimento bruto regular é de R$ 9,3 mil. Martha, porém, receberá somente 65% desse valor, o equivalente a cerca de R$ 6 mil.
Currículo da nora de Bolsonaro
Martha foi presidente da Infraero entre 2018 e 2019, período que abrangeu os governos Temer e Bolsonaro. Em seguida, assumiu a secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Ministério da Economia.
Em maio de 2022, ela foi indicada como diretora executiva do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) pelo então ministro da Economia Paulo Guedes. Ela deixou o cargo em julho de 2023, já no governo Lula.