A denúncia feita por auxiliares de Jair Bolsonaro sobre uma suposta fraude na propaganda eleitoral do presidente nas rádios não foi levada a sério nem mesmo por Valdemar Costa Neto, chefe do PL, partido de Bolsonaro.

A suposta irregularidade foi denunciada pelo ministro das Comunicações, Fabio Faria, e por Fabio Wajngarten, chefe da comunicação da campanha do presidente, numa coletiva de imprensa na noite dessa segunda-feira (24/10).

Os dois Fabios denunciaram que rádios em todo o Brasil teriam deixado de veicular 154 mil inserções de rádios de Bolsonaro durante a campanha para o segundo turno das eleições deste ano.

“Não dará em nada”

A deputados do PL, Valdemar contou ter assistido à entrevista concedida por Faria e Wajngarten. O dirigente avaliou a denúncia como uma “besteira”, que provavelmente “não dará em nada”.

Outros integrantes da campanha criticaram a forma como a denúncia foi apresentada. A avaliação desse grupo foi de que os fatos foram denunciados de forma “amadora”.

Para essa ala da campanha, da forma como foi feita, a denúncia pareceu uma tentativa de se criar uma cortina de fumaça para desviar a atenção do episódio de Roberto Jefferson (PT), considerado “péssimo” para Bolsonaro.

“Provas”

Na entrevista, realizada em frente ao Palácio da Alvorada, Fabio Faria informou que duas empresas teriam sido contratadas para realizar a auditoria dos dados. Questionado, não mencionou quais.

O ministro informou que a campanha já tinha ingressado com uma ação no TSE sobre o assunto. O presidente da Corte, Alexandre de Moraes, deu 24 horas para a campanha apresentar “provas” da denúncia.