metropoles.com

“Não houve orientação formal” para Cid ir fardado à CPMI, diz Exército

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, compareceu fardado à CPMI que investiga os atos antidemocráticos do 8 de Janeiro

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles
CPMI do 8 de Janeiro O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), é ouvido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito - Metrópoles
1 de 1 CPMI do 8 de Janeiro O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), é ouvido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O comando do Exército informou ao Ministério Público Militar que “não houve orientação formal” da Força para o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, comparecer fardado à CPMI do 8/1, em 11 de julho.

A informação consta em ofício enviado pelo comando do Exército na quinta-feira (27/7) ao procurador-geral da Justiça Militar, Clauro Roberto de Bortolli. O MP Militar havia questionado a Força sobre o tema após ser provocado pela deputada federal Luciene Cavalcante (PSol-SP).

“Não houve orientação formal do Exército para o uso da farda pelo TC MAURO CESAR BARBOSA CID (sic). O comparecimento do militar fardado, em seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI8), deu-se em razão de o mesmo ser militar da ativa e ter sido convocado para tratar de temas referentes à função de Ajudante de Ordens da Presidência da República, cargo de natureza militar, para o qual fora designado pela Força”, informou o comando do Exército no ofício, ao qual a coluna teve acesso.

No dia do depoimento de Cid, o Exército havia emitido nota à imprensa dizendo que ele tinha sido “orientado pelo Comando do Exército a comparecer fardado” à comissão “pelo entendimento de que o militar da ativa foi convocado para tratar de temas referentes à função para a qual fora designado pela Força”.

Veja o documento:

Imagem estática mostra Comunicado do Exército sobre farda de Mauro Cid - Metrópoles

Cid fardado vincularia Exército a atos ilícitos

Para o MP Militar, a ida de Cid fardado para a oitiva que investiga envolvimento em um crime pode vincular a imagem das Forças Armadas a atos ilícitos.

“O uso da farda pelo tenente-coronel o coloca como representante das Forças Armadas em depoimento como testemunha por envolvimento em um crime, maculando a imagem da instituição. Conforme o requerimento de convocação aprovado na CPMI, anexo, a justificação para a presença do tenente-coronel não envolve o Exército, mas apenas as suas condutas individuais, não tendo motivo para a orientação do uso da farda, portanto”, afirmou o procurador.

Embora ressaltem que não houve orientação formal, fontes do Alto Comando do Exército defendem, nos bastidores, a ida de Cid à CPMI com farda. O argumento é que o tenente-coronel está preso em estabelecimento militar e cumpre a medida cautelar fardado. “Ele foi a todos os depoimentos na PF fardado”, acrescenta um general.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comIgor Gadelha

Você quer ficar por dentro da coluna Igor Gadelha e receber notificações em tempo real?